terça-feira, 26 de agosto de 2014

VÍRUS: COLLOR, FHC e Cia.



Não podemos esquecer jamais!


O bilhete deixado, antes de se matar, pelo colega do Banco do Brasil de Fortaleza, fala por sí só.


De 1993 a 1995 ocorreram entre os bancários, 1 suicídio a cada 15 dias. Com maior incidência no Banco do Brasil. 

Os números alarmantes mostram que não foram casos isolados. Foram consequência das políticas neoliberais que desprezam os seres humanos. 

Aconteceu num período de privatizações, demissões em massa (no BB foram mais de 15 mil demitidos); transferências arbitrárias; pressões para aderir ao PDV (Programa de Demissão “Voluntária”).


Em tempos de eleições é bom lembrar quem representa quem. Ou quem representa o que.

   
FHC era presidente;


André Lara Rezende era presidente do BNDES no governo FHC. 

Saiba mais: 

Lara Rezende foi demitido quando eclodiu o escândalo dos grampos da telefonia. Um dos condutores das privatizações com as maracutaias que hoje sabemos com mais detalhes (Ver o livro Privataria Tucana). 

Saiba mais:

FHC é avalista da candidatura de Aécio Neves;


Lara Rezende assessor econômico de Marina Silva.


Veja com quem andas que te direi quem tu és. Observe com quem andam e saberá o que fariam se eleitos.


Para trás, nem para ganhar impulso. 

É pra frente que se anda. Queremos mais futuro, queremos continuar mudando, sem retrocessos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O DIA QUE A MÁQUINA PAROU



Todo dia fazia tudo sempre igual.
Entre outras tarefas, a rotina de abastecer as máquinas de autoatendimento.
Mandavam, obedecia.
Todo dia ela dizia para ele se cuidar.
Os ladrões observavam.
Medidas protetivas “para inglês ver”. (ladrão ver!?)
Todo dia pensava em poder parar.
Um dia foi vítima da rotina,
sofreu o assalto.
Os culpados fugiram.
Precisavam de culpados.
A midiatização da polícia.
Para o banco, são ordens de serviço,
comunicados internos, regulamentos.
Para o ser humano trabalhador,
é a dignidade, sua vida, sua família.
Inocente,
foi parar no presídio.
Danos irreparáveis.
Até hoje,
poucos sabem,
É tudo com ele!
Onde está a sociedade, a solidariedade?
Chega! Ninguém está livre.
Primeiro, roubam a flor do colega.
Um dia chegam ao nosso jardim!
A máquina viu,
ele não tinha nada a ver com os bandidos.
A máquina ficou sabendo,
pelas conversas dos clientes e funcionários,
ele foi considerado suspeito.
A máquina soube que ele
foi para o presídio central.
A máquina chorou,
embaçou o visor.
A máquina se revoltou e deu pane geral.
A máquina não é mais a mesma.
Está no depósito, substituída por uma mais nova, mais moderna.
Nosso personagem também não é mais o mesmo.
“Encostado” na previdência.
Problemas de saúde.
Sofrendo.
Os humanos-máquinas,
tendem a achar normal o sofrimento alheio.
Banalizamos.
O delegado-máquina- insensível
deve continuar bem, talvez promovido,
construindo mal-estar.
Busco um abraço.
Uma mão sem chip para o colega.
Fulano entrou para executar a rotina.
Estendeu a mão,
recolheu um longo papel
vomitado da máquina exilada.
Leu em voz alta para muita gente aglomerada.
“Não tenho braços para estender as mãos
Por isso sou só,
vulnerável.
Uma mera carcaça tecnológica.
Vocês tem pescoços flexíveis, olhos, mãos e braços.
Porque essas posturas retas e duras?
Pescoços que não dobram para olhar o outro.
Mãos que não afagam, braços que não acolhem.”
Depois, um intenso ruído precede a explosão da máquina.
Todos olham atônitos.
Se mexem, se remexem pescoços.
Olhares encontram-se.
Lágrimas rolam.
Braços se erguem com punhos serrados.
A humanidade se agrega, diante da máquina desagregada.


Aos colegas vítimas da insegurança e do descaso dos bancos. Baseado em um fato real.